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Filtragem de óleo e controle de contaminação em sistemas hidráulicos
A contaminação de fluidos hidráulicos é um risco considerável que pode ser atenuado por meio de filtragem e monitoramento. Controlar a quantidade de partículas contaminantes presentes nos sistemas é essencial para combater falhas.
O ditado popular afirma que “tamanho não é documento”. Em se tratando de sistemas hidráulicos, mais especificamente no que diz respeito às causas de falhas mais comuns, isso é a mais pura verdade. Estima-se que de 70% a 80% das falhas sejam causadas não por erros humanos ou problemas em grandes equipamentos, mas sim pelo acúmulo de partículas contaminantes. Minúsculas e problemáticas, elas podem interromper linhas de produção inteiras, ocasionar prejuízos elevados com eventual reposição e manutenção de peças, além de, a longo prazo, diminuir o tempo de vida útil dos componentes.
Outro provérbio da sabedoria popular brasileira atesta que “é melhor prevenir do que remediar”, e é aqui que entra em cena a técnica de filtragem, essencial no combate à contaminação em sistemas hidráulicos. Organizações que investem em ferramentas e técnicas de controle, especialmente nos cuidados necessários com os filtros, tendem a gastar muito menos. Afinal, os custos que uma manutenção emergencial demandaria, bem como os prejuízos decorrentes de pausas na produção, provavelmente seriam bem mais elevados do que a soma de todas as iniciativas de prevenção.
Tendo em vista a necessidade fundamental de investir na filtragem adequada de fluidos hidráulicos, o objetivo deste artigo é compreender de forma objetiva quais são, como ocorrem e como combater os principais tipos de contaminantes.
Exemplo de Unidade Móvel de Filtragem. Esta unidade tem como função transferir o óleo e filtrá-lo ao mesmo tempo.
Tipos e origens das partículas mais comuns em fluidos de sistemas hidráulicos
Em geral, considerando os principais segmentos industriais, os tipos de partículas sólidas mais frequentemente encontradas são, não necessariamente nessa ordem:
- Elastômeros
- Ferrugem
- Fibras
- Metais
- Sílica
A entrada desses contaminantes no óleo hidráulico é inevitável, de modo que os filtros amenizam o fluxo de contaminação e protegem os componentes internos, mas não impedem a presença dos elementos. Isso ocorre porque muitas partículas são geradas pelo próprio desgaste interno, decorrente do funcionamento constante dos equipamentos. Outras formas frequentes de contaminação incluem vazamentos no sistema, entrada durante aberturas para abastecimento, montagem ou manutenção periódica, no processo de troca de óleo e ainda por meio da poeira e demais resíduos que entram através dos filtros de ar, que também devem ser trocados regularmente.
Filtragem de óleo: normas, tipos e componentes úteis
O processo de filtragem de óleo hidráulico industrial é pautado por normas técnicas internacionais cujo objetivo é garantir a limpeza do fluido. As normas mais utilizadas são a ISO 4406, ISO 11218, NAS 1638, AS 4059E e DIN 24550, que estabelecem a classe de limpeza requerida para cada tipo de componente, visto que o parâmetro para definir o nível de contaminação ideal deve ser baseado no componente mais sensível presente no sistema hidráulico em questão.
Entre os tipos de filtragem possíveis, é possível destacar a modalidade tradicional, realizada, por exemplo, por meio de unidades móveis de filtragem que transferem e filtram o óleo ao mesmo tempo em fluídos hidráulicos e lubrificantes com viscosidade de 10 – 200 mm²/s, no processo de diálise off-line. Há também a microfiltragem, para eliminação de resíduos sólidos com poros entre 0,1 e 10 mm²/s, entre outras possibilidades.
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