Tipos e benefícios dos principais óleos hidráulicos industriais

Atualmente, existem diversos tipos de fluidos para sistemas hidráulicos. Conheça as principais categorias, suas características, vantagens e desvantagens.

Fluidos hidráulicos existem para uma finalidade essencial: transmitir a força hidráulica através do sistema, de modo a gerar movimentos de alta capacidade, com alta precisão. Não existem aplicações hidráulicas funcionais sem a presença de óleos, por isso é tão importante conhecer os diferentes tipos de fluido existentes e as suas características.

A função exercida será a mesma, independentemente da alternativa selecionada. Porém, o que muda são traços de composição e outras características que tornam alguns fluidos mais aderentes a determinadas aplicações do que outros. De modo geral, existem cinco tipos de óleos hidráulicos mais comuns nas indústrias globais.

Fluidos antidesgaste: versatilidade e muitas vantagens

Os óleos antidesgaste são um dos, senão o mais utilizado entre todos os tipos de fluidos hidráulicos disponíveis. Isso não ocorre por acaso. Derivado do petróleo, esse tipo oferece alto poder de lubrificação da aplicação, resistência à oxidação e elevada proteção contra a corrosão de componentes. Outra vantagem é a possibilidade de utilizar aditivos para aprimorar a performance, caso necessário.

Apesar de tantos pontos fortes, os óleos antidesgaste possuem uma desvantagem que pode ser crítica em alguns casos: são altamente inflamáveis, de modo que jamais devem ser utilizados em aplicações onde há exposição ao fogo e/ou altas temperaturas.

Fluidos biodegradáveis: bom para as indústrias e para o meio ambiente

Ao contrário do anterior, este tipo de fluido não é derivado de combustíveis fósseis, mas de fontes naturais e renováveis, tais como a soja, por exemplo. Também chamados de óleos ecológicos ou biofluidos, eles são ideais para aplicações nas quais existe possibilidade de contaminação, visto que seus impactos na natureza são mínimos se comparados a outros fluidos.

No sistema hidráulico, óleos biodegradáveis são surpreendentemente eficazes na lubrificação dos componentes e na proteção contra corrosão, mas sofrem maior variação de viscosidade mediante mudanças de temperatura, o que pode comprometer os resultados em alguns contextos.

Fluidos sintéticos: excelente performance na maioria das aplicações

Fluidos sintéticos são considerados verdadeiros coringas, por apresentarem ótimo desempenho em praticamente todos os requisitos e na vasta maioria das aplicações. Índice de viscosidade, capacidade de lubrificação, estabilidade oxidativa, proteção contra corrosão de componentes e capacidade de transferência térmica: óleos sintéticos performam bem em todas essas categorias.

Mesmo em aspectos onde não possui desempenho impecável, como resistência ao fogo, estes fluidos também não comprometem e é possível melhorá-los com o pacote adequado de aditivos. No geral, são uma pedida certeira e segura.

Fluidos ésteres fosfatos: extremamente resistentes a fogo

Óleos ésteres fosfatos são fluidos sintéticos resistentes a fogo. Essa é sua principal vantagem em relação a seus concorrentes, de modo que sua utilização é recomendada para aplicações onde imperam temperaturas elevadas e possibilidade de incêndio.

Possuem bons atributos no que diz respeito à estabilidade geral, proteção contra oxidação e corrosão, além das propriedades de transferência térmica. Porém, deixam a desejar na viscosidade, que costuma sofrer mais efeitos de temperatura do que outros tipos de fluidos.

Fluidos água glicol (HFC): equilíbrio entre eficiência e sustentabilidade

Os fluidos do tipo água-glicol (HFC) são equilibrados em seus benefícios e desvantagens. Por um lado, estes óleos sintéticos são resistentes ao fogo, garantem boa proteção e lubrificação ao sistema e são mais sustentáveis do que óleos tradicionais de base mineral, porque não são tóxicos e podem até mesmo ser biodegradáveis.

Por outro lado, apresenta o pior desempenho entre todos os óleos citados no âmbito de resistência à corrosão, além de demandarem alto nível de manutenção, visto que a água precisa ser regularmente reabastecida devido à sua evaporação.

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