BLOG
Por que o êmbolo de válvulas hidráulicas agarram?
A manutenção de sistemas hidráulicos é marcada por “pequenos grandes problemas”, muitos dos quais podem ser evitados com facilidade. Um exemplo disso está nos êmbolos de válvulas agarrados. Saiba mais sobre o que causa este problema e como evitá-lo.
Manter um sistema hidráulico em pleno funcionamento é uma tarefa que exige esforços contínuos. Isso ocorre porque, em geral, linhas de produção industriais funcionam quase que ininterruptamente e também porque, mais cedo ou mais tarde, algum problema aparecerá. É claro que investimentos em manutenção preventiva atenuam riscos e minimizam prejuízos, mas por serem complexos e delicados, é esperado que os sistemas apresentem falhas eventualmente. A boa notícia é que muitos dos problemas podem ser evitados a partir do diagnóstico correto e de atenção a detalhes. Isso vale, por exemplo, para os êmbolos de válvulas que costumam agarrar.
O motivo de isso acontecer é bem simples: contaminação. Essa é a resposta para o título do artigo, mas é recomendado entender melhor o que pode ocorrer para não sofrer com os malefícios decorrentes deste problema. Confira a seguir.
O problema: partículas minúsculas, efeitos gigantescos
A maioria das falhas mais comuns identificadas em sistemas hidráulicos é causada pelo acúmulo de partículas. Diferentes operações podem sofrer com vários tipos de partículas, sejam elas sólidas (ferrugem, poeira etc.), ou líquidas (tintas, gotículas de água, etc.). Em comum elas possuem o fato de que, após acumularem em decorrência do funcionamento contínuo do sistema, as partículas podem danificar e até causar perda total em alguns componentes, como os êmbolos.
Exemplo de análise de falhas em uma válvula direcional
No exemplo acima, fica evidente a falha causada pela soma de três condições operacionais: a alta vazão do sistema, acompanhada de alta pressão e elevada concentração de partículas sólidas. Isso acarretou uma erosão na região de controle do carretel deslizante, tornando o componente inoperante. Dependendo do mecanismo de operação da válvula, essa falha pode causar a queima do solenoide, ou seja, uma reação em cadeia capaz de comprometer todo o sistema se a intervenção não for assertiva e ágil.
As soluções: filtragem, monitoramento e manutenção regular
A melhor forma de evitar que êmbolos agarrem e que, eventualmente, toda a linha de produção precise ser interrompida para uma manutenção não programada é por meio de soluções em filtragem, monitoramento e manutenção regular, preditiva e preventiva. A filtragem é parte fundamental no controle de contaminação do sistema, mantendo o óleo sempre limpo.
O monitoramento visa garantir que a temperatura esteja adequada, de modo a evitar superaquecimento, além de identificar a existência de possíveis aberturas ou vazamentos. Se não localizados e sanados, estes pontos podem permitir a entrada de partículas sólidas e líquidas, a partir do ingresso de poeira e gotículas de água, por exemplo. Já a manutenção, como citado anteriormente, é essencial para evitar maiores problemas e prejuízos.
Em síntese, assim como as partículas, algumas das soluções para os problemas citados são pequenas e simples, mas podem refletir em resultados de larga escala. Na dúvida, conte com o suporte especialistas.